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8 dicas valiosas para lidar com a incontinência urinária

Atualizado em 16 de outubro de 2020 | Publicado em 1 de outubro de 2020
Por: Dr. Leonardo Ortigara

8 dicas valiosas para lidar com a incontinência urinária

A incontinência urinária é uma condição que afeta o bem-estar e a qualidade de vida dos pacientes que apresentam perda involuntária de urina. Quem sofre com o problema pode ter dificuldade para manter uma rotina social ativa, deixar hobbies e atividades de lado e até mesmo entrar em depressão. A boa notícia é que é possível lidar com a incontinência urinária no dia-a-dia para minimizar os impactos causados pela condição.

A incontinência urinária é comum em pacientes que passam por cirurgias prostáticas e sofrem lesões no esfíncter ou no nervo responsável pelo seu funcionamento. Além disso, após os 60 anos é comum observar um aumento na próstata que, por sua vez, pode influenciar negativamente no funcionamento da uretra e resultar em dificuldade para controlar a urina.

Como lidar com a incontinência urinária?

Lidar com a incontinência urinária requer mudança nos hábitos do paciente para minimizar a perda de urina involuntária e garantir mais qualidade de vida durante sua rotina. Confira 8 dicas que podem te ajudar nessa missão!

1. Esvazie bem a bexiga

Após urinar, sempre aguarde mais um pouco e confira se a vontade ainda persiste. Muitos pacientes que sofrem com incontinência urinária não eliminam totalmente a urina no momento da micção, o que pode levar a perda urinária posteriormente. 

Uma boa dica é inclinar-se para frente para comprimir o abdômen e colocar pressão sobre a bexiga para ajudar a esvaziá-la completamente. Além disso, antes de sair de casa tente esvaziar sua bexiga ao máximo mesmo que não esteja com vontade de ir ao banheiro.

2. Pare de fumar

Os componentes do tabaco irritam a bexiga, podendo levar a episódios de incontinência de urgência. A nicotina, por exemplo, atua como estimulante do músculo detrusor, aumentando sua contração e provocando a expulsão da urina.

Em fumantes excessivos, a tosse pode provocar a incontinência de esforço, condição caracterizada pela perda de urina provocada pela contração do músculo do assoalho pélvico.

3. Reduza o consumo de cafeína e bebidas alcoólicas

A cafeína é uma substância que estimula a produção de urina. Por isso, reduzir seu consumo é uma boa maneira de lidar com a incontinência urinária. Se você não abre mão  do café, a dica é optar pelo café descafeinado e diminuir a frequência de consumo ao longo do dia.

Já as bebidas alcoólicas estimulam a produção de urina e podem interferir nos sinais nervosos, aumentando os episódios de incontinência urinária. Por isso, prefira bebidas mais leves e que não sejam diuréticas.

4. Cuidado com a alimentação

Além de tomar cuidado com o consumo de café e bebidas alcoólicas, é importante prestar atenção na sua alimentação. Alimentos diuréticos, condicionados e ácidos podem piorar os vazamentos e outros sintomas relacionados à incontinência urinária.

Frutas cítricas e alimentos com temperos fortes – como curry e pimenta – também devem ser evitados. Por outro lado, manter uma dieta equilibrada e rica em fibras pode te ajudar a lidar com a incontinência urinária.

5. Mantenha-se hidratado

Muitos pacientes evitam a ingestão de água para não estimular a produção de urina. No entanto, esse hábito pode deixar a urina muito concentrada, favorecendo o aparecimento de infecções urinárias e até mesmo causar desidratação.

Por isso, jamais deixe de tomar água por receio das consequências. O que você pode fazer é evitar beber água antes de dormir. Após o jantar, por exemplo, tente não ingerir nenhum tipo de líquido para evitar a incontinência urinária durante a noite.

6. Procure manter o peso ideal

O excesso de gordura na região abdominal exerce uma pressão adicional na bexiga e aumenta o esforço dos músculos da pelve. Isso pode favorecer a perda de urina em pacientes que sofrem com incontinência urinária.

Eliminar a gordura na região abdominal reduz a quantidade de pressão sobre a bexiga, além de trazer ganhos para a sua saúde de maneira geral. Portanto, procure sempre manter-se em seu peso ideal.

7. Evite exercícios de alto impacto

Os exercícios de alto impacto, sobretudo aqueles que envolvem o trabalho da região abdominal, exercem pressão sobre os músculos do assoalho pélvico e aumentam as chances de perder urina involuntariamente.

No entanto, não deixe de praticar exercícios físicos, já que eles são importantes aliados da nossa saúde e bem-estar. Se você pratica exercícios de alto impacto, procure substituí-los por atividades mais leves.

8. Procure ajuda profissional

Lidar com a incontinência urinária pode ser mais fácil com as dicas acima, mas o ideal é buscar ajuda médica para combater o problema de maneira definitiva. É importante lembrar que a incontinência não é uma condição inevitável!

Existem diferentes tipos de tratamentos capazes de corrigir a perda involuntária de urina e recuperar o seu bem-estar e qualidade de vida. Portanto, não deixe de buscar o tratamento mais adequado para seu caso.

Tratamentos para incontinência urinária

O tratamento para incontinência urinária possui diversas linhas, variando de acordo com a causa e intensidade da perda urinária. Conheça os principais tratamentos para combater o problema:

  • Exercícios do assoalho pélvico: a reeducação pélvica visa fortalecer os músculos do assoalho pélvico através de exercícios físicos específicos. Geralmente, é a primeira linha de tratamento, indicado para pacientes com grau leve.
  • Medicamentos: se a causa da incontinência urinária tiver origem hormonal, o urologista pode prescrever medicamentos, como anticolinérgicos e estrogênio tópico.
  • Neuromodulação sacral: a neuromodulação sacral consiste na implantação de dispositivos responsáveis por emitir estímulos elétricos que agem diretamente nos nervos, permitindo que o paciente tenha controle sobre a micção.
  • Esfíncter artificial: considerado padrão ouro no tratamento da incontinência urinária masculina, o esfíncter artificial é um dispositivo implantável que simula a função esfincteriana de maneira norma, restabelecendo o processo natural de controle urinário

Após a avaliação de um urologista, o plano de tratamento é traçado de acordo com cada situação. Em minha prática clínica, em Balneário Camboriú e Itajaí, busco sempre a inovação para promover menos impacto no estilo de vida dos pacientes, costumo indicar a neuromodulação sacral e o esfincter artificial, quando os exercícios pélvicos e os medicamentos não apresentam respostas satisfatórias.

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Material escrito por:
Dr. Leonardo Ortigara
CRM 15149 / RQE 7698