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A impotência sexual é mais comum do que você pensa!

Atualizado em 2 de dezembro de 2021 | Publicado em 26 de fevereiro de 2020
Por: Dr. Leonardo Ortigara

A impotência sexual é mais comum do que você pensa!

A impotência sexual é uma condição que ainda carrega muito tabu, mas é muito mais comum do que parece. Por mais que seja motivo de constrangimento entre os homens, é preciso falar sobre esse assunto e superar a vergonha ou o medo.

De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 11 milhões de brasileiros apresentam dificuldades de ereção.

A impotência sexual pode atrapalhar tanto a vida social, quanto a saúde psicológica do homem, além de estar relacionada com o desenvolvimento de outras doenças. Por isso, a busca por ajuda médica não deve ser descartada.

Felizmente, é um problema que pode ser tratado, devolvendo o bem-estar físico e emocional, e aumentando a qualidade da vida sexual de quem sofre com essa disfunção.

Mas você sabe o que pode causar impotência sexual e qual é o momento de procurar ajuda médica? Leia o artigo até o final para responder todas a essas questões e se informar a respeito desse tema tão importante para os homens.

O que é impotência sexual?

A impotência sexual ou disfunção erétil é caracterizada pela incapacidade de ter ou manter uma ereção o tempo suficiente para ter um desempenho sexual satisfatório. Vale ressaltar que isso não é a mesma coisa que ejaculação precoce. Nessa segunda condição, o homem tem capacidade de manter a ereção, só ejacula e alcança o orgasmo de forma muito rápida.

É importante ainda frisar que a incapacidade deve ocorrer em mais de uma situação. Se o paciente está muito estressado, alcoolizado ou tenso, é comum haver dificuldade para manter a ereção. O problema ocorre quando, mesmo em situações de relaxamento e sem nenhuma influência externa, a dificuldade permanece.

Embora não seja uma doença maligna, a impotência sexual pode afetar consideravelmente outros aspectos do indivíduo, como a sua saúde psicológica, emocional e afetiva. Além disso, a disfunção erétil pode surgir como sintoma de alguma doença cardíaca.

Por isso, é fundamental procurar a ajuda de um urologista quando surgir esse sintoma, já que, além de tratar a dificuldade em manter relações sexuais, serão observadas comorbidades associadas ao problema.

Mas o que leva o indivíduo à impotência sexual?

O que causa impotência sexual?

Não é possível falar exatamente o que causa impotência sexual, uma vez que isso depende de cada caso. Mas, de forma geral, os principais fatores que influenciam essa condição são:

  • idade;
  • histórico de diabetes, doenças cardiovasculares e doenças neurológicas;
  • falta de exercícios físicos;
  • tabagismo;
  • hipercolesterolemia;
  • síndrome metabólica;
  • aterosclerose;
  • trauma pélvico;
  • hipertensão arterial;
  • obesidade;
  • depressão e
  • uso de medicamentos anti-hipertensivos e antidepressivos.

Por isso, caso você apresente algum desses fatores de risco, esteja atento para o surgimento ou agravamento do problema. 

É importante saber que o risco da disfunção erétil pode ser reduzido com a modificação ou tratamento desses fatores, principalmente com a prática de atividade física e a perda de peso.

Andropausa

Outro aspecto relacionado à impotência sexual masculina é a deficiência androgênica do envelhecimento masculino (DAEM), conhecida como andropausa.

Isso acontece, pois, a produção de testosterona pelos testículos tende a cair progressivamente à medida que o homem envelhece. Como consequência, o desejo sexual e a ereção são afetados.

Embora aconteça naturalmente com o organismo, é fundamental procurar ajuda médica para verificar se existem outras causas relacionadas e buscar maneiras de evitar a impotência sexual.

Como identificar um homem impotente?

Para identificar um homem impotente, primeiramente, o paciente deve relatar todo o seu histórico de dificuldades durante o desempenho sexual. Além disso, é fundamental esclarecer ao urologista se o problema apresenta início súbito ou gradual, assim como se é algo permanente ou intermitente.

Após analisar o histórico do paciente, será realizado um exame físico, que busca identificar as possíveis causas da disfunção erétil, assim como outras doenças relacionadas ao problema. O exame físico contempla:

  • toque retal;
  • pressão sanguínea;
  • distribuição de pelos e gordura no corpo;
  • ginecomastia, exame que avalia o tecido mamário masculino, e
  • exame genital.

No entanto, quando a impotência sexual for uma suspeita de outros problemas de saúde, o ideal é que o paciente faça outros exames, como glicemia, testosterona total e perfil lipídico.

Outros exames mais específicos serão recomendados quando o paciente estiver exposto a um grupo de médio e alto risco de desenvolvimento de doenças cardíacas relacionadas.

Atenção às doenças cardíacas

Como já falado, a impotência sexual pode ser um sintoma de problemas cardíacos. Por isso, é importante que o médico avalie o paciente e o encaixe em um desses perfis: baixo risco, risco intermediário e alto risco.

Os pacientes do grupo de baixo risco são aqueles assintomáticos, que apresentam menos de três fatores de risco relacionados a:

  • doença arterial coronariana;
  • angina leve ou estável;
  • infarto do miocárdio pregresso não complicado;
  • disfunção do ventrículo esquerdo;
  • insuficiência cardíaca congestiva;
  • pós-revascularização coronariana bem sucedida;
  • hipertensão controlada e
  • doença valvar leve.

Se houver mais de três, o risco passa a ser intermediário ou alto. Nesses casos, é importante o acompanhamento com o urologista e com um cardiologista, que avaliará a saúde do coração.

Dessa forma, será feita uma investigação mais profunda de outros problemas relacionados.

Como evitar a impotência sexual?

Se você ou seu parceiro está tendo dificuldades para ter ou manter uma ereção, é importante entender como evitar a impotência sexual. Por mais que isso seja possível, não é possível dar qualquer orientação sem conhecer a causa da disfunção erétil e passar pelos exames que comentei acima.

Normalmente, o tratamento é dado de acordo com o grau da condição e pode envolver:

  • tratamento psicológico: muitas vezes, a dificuldade de manter a ereção tem uma causa psicológica, por isso, a terapia pode auxiliar;
  • reposição hormonal: para pacientes com disfunções hormonais, como a andropausa;
  • tratamento medicamentoso: uso de medicamentos que auxiliam a manter a ereção;
  • injeção peniana: aplicação de medicamentos no pênis antes da relação sexual e 
  • prótese peniana: indicado para a impotência sexual onde os outros tratamentos não funcionaram. Consiste na inserção de um dispositivo no pênis que o deixa ereto de forma permanente ou ao ser acionado.

Fique tranquilo

Atendo muitos pacientes que se sentem envergonhados pela impotência sexual e não sabem como falar sobre isso com um urologista. Essa insegurança não é necessária. A dificuldade para ter ou manter uma ereção tem causas físicas ou emocionais e precisa ser vista como é: um problema de saúde.

Agende uma consulta com um médico que faça você se sentir bem, compartilhe o seu histórico e esteja aberto para iniciar o tratamento e melhorar a sua qualidade de vida de forma geral.

Lembre-se que um urologista está habituado a atender esse tipo de caso e não julgará a sua disfunção erétil, mas, sim, ajudará você a passar por isso da maneira mais saudável possível. Se você mora em Balneário Camboriú ou Itajaí e sofre desse problema, entre em contato comigo para agendar um horário e ter mais saúde.

Material escrito por:
Dr. Leonardo Ortigara
CRM 15149 / RQE 7698