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Atenção: sintomas de câncer de próstata podem surgir tardiamente

Atualizado em 20 de novembro de 2023 | Publicado em 20 de novembro de 2023
Por: Dr. Leonardo Ortigara

Atenção: sintomas de câncer de próstata podem surgir tardiamente

Você sabia que os sintomas de câncer de próstata surgem, na maioria das vezes, em estágios avançados da neoplasia? Para complicar, tratam-se de ocorrências “genéricas”, ou seja, comuns a diversas outras condições clínicas. É por isso que, para identificá-lo precocemente, deve-se fazer os exames preventivos mesmo sem apresentar problemas!

Neste artigo, mostramos quais são as possíveis manifestações da doença e o que fazer em caso de suspeita. Para conferir essas e outras informações importantes, continue a leitura!

Como é a incidência da doença no Brasil?

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens, sendo prevalente após os 65 anos. A organização estima que 71.730 novos casos da doença surjam, a cada ano, no Brasil.

Mas será que o alto número de casos da neoplasia está relacionado à dificuldade que os homens têm em fazer os exames preventivos? Afinal, sabe-se que grande parte das doenças poderiam ser evitadas se fosse realizado um acompanhamento da saúde antes do surgimento de sintomas. Em relação ao câncer de próstata não é diferente.

Caso houvesse mais atenção à prevenção da doença e ao monitoramento regular da saúde, muitos casos, simplesmente, não existiriam. Isso acontece pois, quando há a presença de sintomas, há grandes chances de o câncer de próstata já estar em um nível avançado. Portanto, o ideal é fazer o acompanhamento médico periódico, mesmo sem indícios de problemas.

Quais são os sintomas de câncer de próstata?

Como mencionado, os sintomas de câncer de próstata não costumam surgir nos estágios iniciais da doença, o que explica sua evolução silenciosa. No entanto, em quadros raros de sintomatologia, é possível que o paciente note alterações na frequência e/ou volume urinário. Tratam-se de sinais parecidos com os provocados por doenças benignas da próstata (como hiperplasia prostática benigna (HPB) e prostatite), tais como:

  • necessidade de urinar mais vezes, durante o dia e/ou à noite (noctúria);
  • ou dificuldade para urinar (fluxo fraco ou interrompido).

Já em estágios avançados, além dos sintomas descritos, o paciente também pode apresentar:

  • sangue visível na urina (hematúria) ou no sêmen;
  • disfunção erétil;
  • sensação de fraqueza;
  • dormência nas pernas ou nos pés.

Fora isso, dependendo do avanço da doença, é possível ter complicações como:

  • dor óssea (no quadril, coxas, costas, ombro ou em outros locais);
  • insuficiência renal;
  • e/ou infecção generalizada.

Na maioria das vezes, essas ocorrências não são provocadas por um câncer. Mesmo assim, é muito importante investigá-las. Por isso, caso perceba algum dos possíveis sintomas de câncer de próstata, procure um urologista quanto antes!

Quais são os fatores de risco para o seu surgimento?

Existem diversos fatores de risco para o câncer de próstata. Os principais são:

  • ter 60 anos ou mais;
  • possuir histórico familiar da neoplasia, principalmente, quando o pai ou algum irmão teve a doença antes de 60 anos;
  • estar com excesso de gordura corporal (sobrepeso ou obesidade);
  • ter sido exposto a determinados produtos tóxicos, como aminas aromáticas, arsênio, derivados do petróleo, fuligem e dioxinas;
  • trabalhar ou ter trabalhado com ocupações de risco, como fundição de metais não ferrosos, tratamento de madeira, indústria de eletrônicos, fabricação de vidros, aplicação de agrotóxicos arsenicais, produção de materiais à base de PVC, entre outras.

Além disso, é importante ficar alerta quanto a alterações no funcionamento do organismo. Como explicado, quando há dificuldades urológicas, deve-se investigá-las impreterivelmente. 

Como é o diagnóstico da doença?

A detecção precoce do câncer de próstata pode ser feita de duas formas:

  • a partir da investigação de sinais ou sintomas sugestivos da doença;
  • através do rastreamento realizado em indivíduos com maior chance de desenvolvê-lo (grupos com fatores de risco, mesmo sem apresentarem indícios de problemas).

Seja qual for a motivação, a investigação exige a realização de dois exames:

  • PSA (dosagem do antígeno prostático específico), em uma amostra de sangue,
  • toque retal, por meio da palpação da próstata.

Para chegar ao diagnóstico, consideram-se os resultados de ambos e, por vezes, de achados revelados na ressonância magnética. Se detectadas alterações, realiza-se uma biópsia (análise histopatológica de amostras do tecido glandular) — o único teste capaz de confirmar a doença.

Vale destacar que, quanto mais precoce for o diagnóstico, melhor o prognóstico do paciente. Portanto, caso apresente fatores de risco e/ou possíveis sintomas de câncer de próstata, procure seu urologista o quanto antes!

Esperamos que o conteúdo tenha sido esclarecedor. Entretanto, se ainda restarem dúvidas, entre em contato para que possamos ajudar!

Material escrito por:
Dr. Leonardo Ortigara
CRM 15149 / RQE 7698