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Urgência para urinar pode ser sinal de bexiga hiperativa

Atualizado em 15 de setembro de 2020 | Publicado em 17 de julho de 2020
Por: Dr. Leonardo Ortigara

Urgência para urinar pode ser sinal de bexiga hiperativa

Após a ingestão de grandes quantidades de líquidos, é normal que você possa sentir uma certa urgência para urinar. No entanto, essa necessidade que aparece subitamente pode ser um sinal característico da bexiga hiperativa, uma condição que pode afetar significativamente a qualidade de vida do paciente.

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De acordo com o EPIC Study, o maior estudo epidemiológico já realizado sobre bexiga hiperativa, a prevalência global da condição foi de 12,8% nas mulheres e 10,8% nos homens. No Brasil, dados da Sociedade Brasileira de Urologia estimam que a prevalência dos sintomas da bexiga hiperativa afetem 17% das mulheres. Entre os homens, o problema está associado à hiperplasia prostática benigna, que causa o aumento da próstata e provoca a constante vontade de urinar.

O que é bexiga hiperativa?

A bexiga hiperativa é uma síndrome caracterizada pela urgência para urinar. Essa urgência é de difícil controle e, em alguns casos, o problema pode estar associado à incontinência urinária. Os pacientes que sofrem com bexiga hiperativa costumam acordar todas as noites para urinar e, geralmente, necessitam ir ao banheiro mais de 8 vezes no período de 24 horas para urinar.

O problema ocorre quando o músculo detrusor – a camada muscular que reveste a bexiga – apresenta mau funcionamento e não relaxa adequadamente durante a fase de enchimento da bexiga. A ausência de relaxamento provoca o aumento da pressão interna na bexiga, fazendo com que haja maior vontade de urinar com frequência, mesmo com pequenos volumes de urina.

Quais são os sintomas?

A urgência para urinar, definida como o desejo súbito e compulsivo de urinar, é o principal sintoma da bexiga hiperativa. Além disso, existem outros três sintomas característicos da síndrome: 

  • Aumento da frequência: frequência urinária superior a 8 micções durante 24 horas.
  • Noctúria: necessidade de acordar uma ou mais vezes durante a noite para urinar.
  • Incontinência de urgência: em alguns casos, a urgência para urinar é tão grande que o paciente não consegue aguardar para ir ao banheiro.

Incontinência de urgência X Bexiga hiperativa

É comum que muitos pacientes acreditem que incontinência de urgência e bexiga hiperativa sejam sinônimos. Como vimos, a incontinência de urgência é um dos sintomas da bexiga hiperativa. Contudo, nem todos os pacientes que sofrem com a síndrome apresentam esse sintoma.

A bexiga hiperativa é caracterizada pela urgência em urinar, mas o paciente tem controle sobre o fluxo de urina e consegue controlá-la por mais tempo. Já na incontinência urinária, o paciente não consegue segurar completamente o fluxo de urina, por isso é comum que haja vazamentos antes mesmo de conseguir chegar ao banheiro.

Como é feito o diagnóstico?

Apesar de não ser considerada uma condição grave, a síndrome da bexiga hiperativa pode comprometer a qualidade de vida do paciente, uma vez que a urgência para urinar pode causar grande desconforto, sobretudo em situações sociais. 

Pacientes que notam uma piora na qualidade de vida devido à urgência em urinar com frequência devem procurar ajuda médica para realizar um diagnóstico preciso e dar início ao tratamento mais adequado para seu caso. É importante ressaltar que os sintomas característicos da bexiga hiperativa não fazem parte do processo natural de envelhecimento e, portanto, devem ser investigados por um urologista.

O diagnóstico pode ser realizado por meio de avaliação da história clínica do paciente associado a exames de urina e de imagem. Em alguns casos, exames e procedimentos adicionais podem ser necessários a fim de excluir outras doenças, confirmar o diagnóstico ou planejar o tratamento. 

Quais são os tratamentos para bexiga hiperativa?

Após a confirmação do diagnóstico, o urologista define o melhor tipo de tratamento para cada paciente. Basicamente, a bexiga hiperativa possui três linhas de tratamento. Na maioria dos casos, o profissional opta por segui-las em ordem cronológica para avaliar como o organismo do paciente reage a cada uma delas. 

1. Tratamento comportamental

A primeira linha de tratamento consiste em  treinamento vesical, estratégias de controle vesical, controle da ingesta de líquidos e treinamento dos músculos do assoalho pélvico. Trata-se de mudanças comportamentais e exercícios que ajudam o paciente a ter maior controle sobre a urina e, em muitos casos, é suficiente para combater os sintomas da bexiga hiperativa.

2. Tratamento medicamentoso

Esse tipo de tratamento é realizado com o uso de anticolinérgicos, medicamentos que apresentam alta atividade antimuscarínica, ou seja, ajudam a reduzir as contrações do músculo detrusor e, consequentemente, diminuem o desejo de urinar com urgência. Geralmente, o tratamento medicamentoso é associado com o tratamento comportamental.

Caso o paciente não responda de maneira satisfatória à ação dos anticolinérgicos, o mais recomendado é optar pela injeção de toxina botulínica tipo A. A substância é injetada diretamente no músculo detrusor, ampliando os intervalos de esvaziamento e diminuindo a urgência de esvaziamentos repetidos.

3. Cirurgia

Considerada apenas em último caso, a cirurgia pode ser realizada pela técnica de neuromodulação –  que consiste no implante de um eletrodo, que fica em contato com os nervos envolvidos no controle da função da bexiga e uretra – ou por meio da cistoplastia – um procedimento cirúrgico realizado com o objetivo de aumentar a capacidade da bexiga, utilizando segmentos do intestino.

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Material escrito por:
Dr. Leonardo Ortigara

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