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Quando é indicado fazer a reposição hormonal masculina?

Atualizado em 25 de fevereiro de 2022 | Publicado em 25 de fevereiro de 2022
Por: Dr. Leonardo Ortigara

Quando é indicado fazer a reposição hormonal masculina?

A reposição hormonal masculina é um tema que ainda levanta muitas dúvidas nos homens e pode, de forma errônea, ser vista como sinônimo da falta de masculinidade do paciente. Infelizmente, o mundo masculino ainda conta com muitos tabus, principalmente ao se falar sobre sexualidade e disfunção erétil.

Esse tratamento, além de ter relação com a vida sexual e com a capacidade de o homem de ter ou manter uma ereção, também está relacionado com outras questões da saúde, como a estabilização do humor, o aumento de força e o ganho de massa muscular.

Continue lendo para saber mais sobre a reposição hormonal masculina, ver quando ela é indicada, como funciona e quais são os benefícios que ela oferece para os pacientes.

Por que é necessário fazer reposição hormonal?

A reposição hormonal masculina é um tratamento que visa normalizar os níveis de testosterona, o hormônio masculino, no sangue. Existem muitos fatores que podem influenciar na sua redução, sendo a idade um deles.

Assim como a mulher passa pela menopausa, o homem sofre com a andropausa. Esse distúrbio é classificado pela redução gradual da testosterona no corpo e ocorre a partir dos 40 anos. Isso quer dizer que um idoso tem uma quantidade consideravelmente menor dessa substância do que um adulto. Apesar disso ser um processo natural, traz diversas consequências para a saúde.

Além da andropausa, existem outras causas que podem reduzir o nível desse hormônio no sangue, como:

  • obesidade;
  • estresse;
  • doenças crônicas;
  • tumores na próstata ou na hipófise e
  • efeito colateral de algum medicamento.

Em ambos os casos, o paciente pode ter muitos sintomas, como depressão, baixa libido, impotência sexual, cansaço constante, perda de força, aumento da gordura corporal e resistência à insulina, o que predispõe o desenvolvimento de diabetes.

Para reduzir esses desconfortos e permitir uma vida normal para a pessoa acometida com a condição, pode-se recomendar a reposição hormonal masculina. Vale ressaltar que, apesar desse tratamento ser comum, ele pode trazer alguns riscos para o homem. Por isso, é indispensável que ele seja recomendado e acompanhado por um médico especialista.

Como funciona a reposição hormonal masculina?

A reposição hormonal masculina consiste no aumento da testosterona no sangue. Isso pode ser feito de algumas formas diferentes:

  • comprimidos: remédios que devem ser ingeridos oralmente, diariamente;
  • gel: o paciente precisa passar o produto no seu corpo, normalmente nos braços; ombros e abdome para que a pele possa absorver;
  • injeções: aplicadas mensalmente para suprir a deficiência identificada;
  • adesivos: colocados na pele, como se fosse aqueles usados em quem deseja parar de fumar, mas ao invés de nicotina há testosterona e
  • implantes: um pequeno implante de testosterona bioabsorvível é implantado no corpo do paciente.

O método mais indicado dependerá diretamente do nível de deficiência e da idade, assim como dos seus objetivos. Muitos homens não conseguem se adaptar ao uso de gel, por exemplo, por isso acabam optando pelos comprimidos. É preciso conversar com o médico urologista para saber quais são as opções viáveis e escolher a que mais combina com a sua rotina.

Quanto tempo o tratamento dura?

A reposição hormonal masculina pode ter uma duração diferente para cada pessoa, dependendo da causa da redução do hormônio. Se o paciente teve problemas hormonais por causa do sobrepeso e do estresse e resolver essas questões, por exemplo, o tratamento não precisará durar muito. Já se a suplementação da testosterona foi recomendada para reduzir o impacto da andropausa, é provável que dure menos tempo.

A quantidade exata de semanas, meses ou anos só pode ser definida por um médico que considerará os benefícios que a terapia oferece, assim como os seus riscos. Quando o segundo for maior que o primeiro, é hora de parar com o processo.

É essencial que durante toda a reposição hormonal seja realizado exames de sangue para acompanhar a quantidade de hormônio presente. Essa é a única forma de analisar a dose atual e verificar se não há necessidade de reduzi-la ou aumentá-la.

Quais são os benefícios e riscos da reposição hormonal masculina?

De forma geral, os benefícios da reposição hormonal masculina consistem na redução dos sintomas que envolvem questões físicas, sexuais e psicológicas. Por meio desse tratamento, o homem consegue ter uma vida normal, sem perceber que está com uma disfunção hormonal.

Então, não haverá problema para ter ou manter uma ereção, a libido voltará ao normal, a força será recuperada e o cansaço constante passará.

Esses benefícios só serão verdadeiros se o paciente realmente precisar dessa suplementação e não tiver qualquer contraindicação. De acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia, a reposição hormonal masculina não é indicada nos casos de:

  • câncer de mama masculino;
  • apneia do sono severa;
  • infertilidade masculina;
  • câncer de próstata;
  • hiperplasia prostática benigna com sintomas severos e
  • pacientes com PSA e hematócritos altos, o que é identificado por meio de um exame de sangue.

Nesses casos, pode haver uma piora da doença ou promover alterações, como aumento do colesterol, aparecimento de acne, queda de cabelo e lesões no fígado. Para evitar todas essas complicações, deve-se fazer o acompanhamento regular com um médico de confiança.

Com a dosagem e o acompanhamento correto, a reposição hormonal masculina pode melhorar a qualidade de vida dos homens de forma geral. 

Ainda tem alguma dúvida sobre o tema? Então, entre em contato comigo e vamos conversar.

Material escrito por:
Dr. Leonardo Ortigara
CRM 15149 / RQE 7698